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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

SOS Santa Catarina

Recebi esse e-mail de uma amiga de Blumenal-SC. Como todos sabem,a estado de Santa Catarina foi atingido por uma forte chuva...

"Boa tarde,

Moro em Blumenau - SC e, como todos já sabem, fomos atingidos por uma grande catástrofe climática. Os noticiarios não param de mostrar a triste realidade que nós nos encontramos.

Não só aqui em Blumenau, mas no Vale do Itajaí, as cidades estão um verdadeiro CAOS. Várias pessoas perderam suas casas, há vários abrigos montados pela defesa Civil para acolher a população que perdeu tudo. Reforços do exército vieram para ajudar no resgate das vítimas dessa tragédia. Há morros com perigo de deslizamento de terra e casas ainda estão sendo interditadas pois se localizam em locais de risco. Várias estradas de acesso estão bloqueadas com barreiras ou com meia pista apenas.

Há perigo de doenças, pois na lama que se espalhou pela cidade, há animais e pessoas em decomposição. Ainda há lugares isolados.

Sem dúvidas o trabalho do exército, bombeiros, defesa civil e voluntários é primordial e deve ser reconhecido.
Mas ainda assim precisamos de doações. E, sem dúvidas agradecemos a todos que puderem contribuir.

Repassem..."
Segue abaixo Contas para doações:
- Caixa Econômica Federal - Agência 1877, operação 006, Conta Corrente 80.000-8;

- Banco do Brasil - Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7;
- Besc - Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0;
- Bradesco Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1
Em nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ - 04.426.883/0001-57

A Defesa Civil alerta que não envia mensagens eletrônicas com pedidos de auxílio.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Celular serve pra que mesmo?


Quem respondeu que serve para ligar, está muito errado...
Manda e-mails, fotografa, toca mp3, é GPS.... até ai tudo bem o seu celular faz isso (o meu não faz)...
Mas seu celular não faz café... não apara sua barba quando você está atrasado para reunião... e falando em reunião,ele é um retroprojetor .... e ainda por cima é uma gaita harmônica para tocar



Ah suas aulinhas de inglês pode fechar... ele tem um tradutor global

Olhe esse link (site em flash...)



http://www.pomegranatephone.com/

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O designer precisa ser versátil para conquistar o mercado, diz Bruno Porto ao Voz da Experiência

Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2008/10/13/o_designer_precisa_ser_versatil_para_conquistar_mercado_diz_bruno_porto_ao_voz_da_experiencia-585919252.asp


RIO - Para o designer Bruno Porto, um dos grandes desafios para conquistar o mercado de desenho industrial é ser versátil. "São tantos os campos de atuação que recomendo experimentar de tudo um muito", brinca.
Por outro lado, o profissional de 37 anos - formado em Desenho Industrial e pós-graduado em Gestão Empresarial/Marketing, com passagem pela School of Visual Arts, em Nova York - aprendeu que é impossível jogar nas 11 posições. "Chega uma hora em que é preciso escolher um caminho e investir numa especialização", garante ele, que se dedica principalmente ao design gráfico e à ilustração.
Mas isso não é tudo. Ter boa cultura geral e passar um tempo fora do país também estão na lista de dicas do designer. Não é à toa que ele atualmente vive em Xangai, na China, onde leciona no renomado Raffles Design Institute.
Como está o mercado de trabalho? E o que faz um profissional da área? (Thais Pereira)
BRUNO PORTO: Nunca se falou tanto em design no Brasil como hoje, o que significa que o mercado anda muito promissor. O desenho industrial se divide basicamente em design de produto e comunicação visual, conhecida também como design gráfico. O profissional pode desenvolver projetos de vários segmentos (de revistas a luminárias, passando por estampas de camisetas e letreiros de marcas de roupas) de forma única e exclusiva ou em larga escala.
" Nunca se falou tanto em design no Brasil como hoje, o que significa que o mercado anda muito promissor "
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Qual área oferece mais oportunidades: design gráfico ou de produto? (Nathany Santos)
BRUNO: Isso depende muito da geografia. Um designer que quer trabalhar com embalagens, por exemplo, terá mais chances numa cidade onde o setor industrial esteja aquecido.
Saiba mais sobre a profissão
É necessário saber desenhar para ingressar na carreira? (Patrícia Mello)
BRUNO: Para o designer, o desenho não é um fim, como pode ser para o ilustrador, mas o caminho pelo qual se concebe um conceito, que depois pode ser desenvolvido no computador. Desenhar ajuda a visualizar qualquer coisa que você queira imaginar. Não é imprescindível saber, mas ajuda.
Como o desenhista industrial pode se manter atualizado? (Aline Rebelo)
BRUNO: O desenho industrial é uma profissão muito generalista: num dia se desenvolve uma embalagem de uísque, no outro uma de chocolate. Por isso é preciso ter cultura geral, o que só se consegue lendo, de preferência sobre outras coisas que não design, como negócios, literatura, arquitetura, quadrinhos e até culinária. Assinar publicações especializadas sempre rende boas idéias, bem como assistir a palestras, participar de workshops e fazer cursos de extensão.
O que você acha dos designers brasileiros que sonham em trabalhar no exterior? E quais conseqüências isso pode trazer para o mercado brasileiro? (Marcelo Casé)
BRUNO:Viajar para qualquer lugar é sempre uma forma de aprender e experimentar outros pontos de vista, o que acaba contribuindo para o desenvolvimento do design brasileiro, seja pelo intercâmbio de linguagens, pela abertura de novos mercados ou pela troca de informações. Mas para isso o inglês tem que estar em dia. E é necessário estar disponível para viajar.
Qual dica você daria para quem acabou de se formar e ainda não possui experiência? (Thiago Fonseca)
BRUNO: É muito importante ter contato com a prática ainda na faculdade. Minha dica é: consiga a experiência. Pode ser estágio, monitoria, serviço de assistente... Vale tudo!
Gostaria de saber a sua opinião a respeito do design a partir de uma perspectiva sócio-ambiental. Até que ponto é possível desenvolver projetos sem agredir o meio ambiente? (Marcos Monteiro)
BRUNO:Na minha última viagem ao Brasil fiquei feliz de saber que, em muitos cursos do Rio, já existe a preocupação em orientar os futuros desig$a terem mais consciência para escolher e medir a quantidade de tintas e os tipos de papel. Buscar outras alternativas, como as digitais, também é uma excelente saída.
Por que até hoje a profissão não possui sindicato e não é regulamentada? (Eliane Juncal)
BRUNO: Acho que tem a ver com a diversidade dos campos de atuação. O que o designer de jóias busca não é o mesmo que o webdesigner, pela natureza dos seus projetos. Esse desencontro de interesses acabou por gerar propostas de regulamentação equivocadas que foram facilmente derrubadas. Mas acredito que a cada geração de profissionais formados cresce a chance de chegarmos a um entendimento.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Transparência e design afetivo

Atração e repulsa, para bem, para mal.
Evolução da transparência do iMac

Esbarrei no HD externo de meu amigo, caiu no chão e quebrou a cabeça de leitura. Lá se foram 80 GB de dados, alguns sem backup. Para recuperar, somente mandando numa oficina cirúrgica, que cobra o olho da cara. Outro amigo que presenciou a cena tentou consolar: "olha só, é um problema de Usabilidade: o cabo de USB soltou na queda, mas ele poderia ter segurado, poderia ter uma trava". Claro que isso não diminuiu meu sentimento de burrice nem um pouco.

Levei num técnico especializado em reparo de hard-disks e descobri um submundo. Na oficina dele, haviam centenas de HDs esperando para serem consertados. Diz ele que o negócio tá crescendo muito porque os fabricantes competem em quantidade e não qualidade, ou seja, vale mais à pena fazer dois HDs meia-boca do que um de qualidade.

Tudo bem que eles são obrigados a trocar um HD defeituoso na garantia, como é o caso do meu amigo, por um novo, mas a maioria das pessoas não sabe disso e simplesmente joga fora o HD defeituoso.

Na opinião do técnico, HDs externos como o do meu amigo não são adequados para a mobilidade que os fabricantes propõem, já que não tem resistência alguma a quedas e sacudidas.

Coincidência ou não, o HD que caiu era igualzinho ao da propaganda abaixo e estava exatamente na mesma posição quando esbarrei. Nunca faça isso, pois a probabilidade de cair quando você usar o teclado do laptop é muito grande.

Propaganda WD Passport

O técnico me disse que quando as pessoas manipulam um HD interno elas são super cuidadosas, mas quando está num case USB, como no HD externo, elas tratam com o mesmo desleixo da garota propaganda acima. O case parece tão confiável e robusto que você pode até carregar no bolso.

HD de bolso!

O técnico disse que algumas pessoas nem sabem que dentro do case tem um HD comum, menor e mais delicado. Acham que é só um pendrive grandão...

Quem sabe se o case fosse transparente, as pessoas não tomariam mais cuidado? Fiz um modelo rápido de como ficaria isso no Google Sketchup, juntando modelos prontos criados por usuários. Primeira vez que mexi nesse software. Achei super-fácil, mesmo para quem nunca modelou nada em 3D.

HD externo com case USB

A Western Digital até tem um modelo de HD interno com case transparente, mas é focado no público Geek que supostamente seria curioso para ver as entranhas da máquina funcionando. Para o público leigo, a transparência inspiraria não curiosidade, mas medo. Venderia muito menos, mais duraria muito mais.

Por outro lado, a transparência física poderia contribuir para uma imagem corporativa de transparência com o consumidor. A Apple conquistou uma legião de adoradores quando lançou os iMacs com case translúcidos multi-coloridos. Johnattan Ive diz que foi numa fábrica de doces para se inspirar no uso da transparência no design. A técnica fez tanto sucesso que foi copiada em diversos produtos eletrônicos e, mais recentemente, produtos de plástico em geral.

Evolução da transparência do iMac

Transparência é um poderoso recurso para o design afetivo. Pode causar atração ou repulsão, ensinar ou alienar, diferenciar ou homogeneizar, dependendo do caso. Essa característica ambígua demonstra como a escolha de materiais no Design não é algo trivial, mas envolve questões psicológicas e comportamentais bem complicadas, mas com grandes perspectivas de retorno.


Autor

Frederick van Amstel - Quem? / Contato - 24/09/2008

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Design é a síntese das múltiplas definições


O que é ou pode ser design.

Design é um desses termos que vem alargando seu significado progressivamente nas últimas décadas. Hoje, estratégia de negócios é design, organização de informações é design, decorar ambientes é design, cortar cabelo é design... tudo virou design!

Ao invés de tentar conter o alargamento e censurar a utilização do termo “design” para qualquer coisa que não seja um projeto profissional, acho mais interessante tentar entender porque outras pessoas estão se apropriando do termo e o que elas querem dizer com ele.

O termo “design” pode ser usado em, pelo menos, três sentidos: um processo específico de projeto, o resultado do processo e um conhecimento sobre o processo.

No mercado de produtos industrializados, design é utilizado como um atributo. O produto que tem design é um produto diferenciado, de qualidade, especial. A qualidade enfatizada se restringe ao nível formal do produto: ou é um design moderno - denotando uma referência estética específica, ou é um design ergonômico – denotando uma forma que proporciona melhor conforto ao corpo humano. Especificações técnicas e praticidade de uso são colocados como equivalentes ao termo design, ou seja, o processo de design é desconhecido.

Nos serviços, a noção é um pouco mais abrangente. O resultado não é por acaso; ele é fruto de um processo específico que o anteviu e procurou controlar. Por isso, são considerados aspectos que interferem no resultado, mas que estão além dos atributos do produto, como as culturas, as normas sociais, as referências estéticas, as linguagens e etc. A partir do conhecimento sobre a situação, são criadas propostas para a mudança da situação no sentido almejado. Design é visto, portanto, como meio para atingir um fim.

Porém, existe algo além da abordagem instrumental para o design. Design também é uma forma particular de ver o mundo. A sociedade em que vivemos só é possível pela mediação que os artefatos proporcionam entre as pessoas. O ambiente é projetado, os objetos são projetados, as idéias são projetadas, a vida é projetada, tudo é projetado. Visto assim, podemos tratar tudo como projeto e aplicar as competências do design para recriar o mundo. Segundo Victor Lombardi, são características do design: 1) a colaboração com múltiplos interessados no projeto; 2) a criação de novas possibilidades através do método abdutivo (tentativa e erro); 3) a experimentação crítica com protótipos; 4) a atenção para a particularidade; 5) a percepção dos sistemas sócio-técnicos; 6) a interpretação da situação através de um ponto de vista pró-ativo. Sendo assim, design não é só processo, mas também estratégia, política e metodologia.

Se as pessoas dizem que design é tudo isso, porque dizer que design é menos do que isso? Porque restringir a um tipo específico de design, se podemos perceber similitudes entre tais diferentes interpretações do termo? Talvez o termo “design” esteja se alargando porque o próprio Design como área do conhecimento humano esteja também se alargando. A presença do design na sociedade está sendo cada vez mais percebida e repensada por outras áreas; design está sendo visto como uma das poucas áreas capazes de lidar com a complexidade da vida moderna; a unidade na diversidade de fundamentos que alicerçam o design tornam-o plenamente inclusivo e ao mesmo tempo coerente. Precisamos, portanto, de uma definição elástica de design; tão abrangente e, ao mesmo tempo, específica como a definição do concreto em Karl Marx. Design é - ou pode ser - a síntese das múltiplas definições de design.

Artigo a ser publicado na Revista Design do website da Tramontina Design Collection.


Autor

Frederick van Amstel - Quem? / Contato - 11/12/2007

Fonte: http://www.usabilidoido.com.br/design_e_a_sintese_das_multiplas_definicoes.html